sexta-feira, 6 de junho de 2014

SÍNDROME DE PAPILLON-LEFEVRE E DOENÇA PERIODONTAL

A Síndrome de Papillon Lefevre ou Síndrome Palmoplantar associada à periodontopatia é uma síndrome rara de herança autossômica recessiva caracterizada por hiperqueratose na pele, doença periodontal severa, hipotricose, unhas frágeis, cabelos finos e esparsos.

Quanto às manifestações bucais de maior relevância, ocorre a reabsorção do osso alveolar levando a uma perda dentária, porém não há processo inflamatório periodontal clínico presente que justifique esse curso agressivo, mas ao exame histopatológico há inflamação em relação ao periodonto de sustentação.

A doença costuma se manifestar mais em adultos, porém quando se apresenta em crianças é mais agressiva. A sua fisiopatologia envolve fenômenos imunológicos como a alteração na quimiotaxia dos neutrófilos, levando a uma maior suscetibilidade a infecções.

O tratamento se fundamenta na instituição de procedimentos periodontais preventivos e terapêuticos, tais como instituição de higiene oral, utilização de colutórios bucais, tratamento periodontal adequado e encaminhamento ao Dermatologista para o tratamento das lesões cutâneas.


É importante que o cirurgião-dentista faça parte da equipe multidisciplinar que atenda pacientes acometidos por essa síndrome, por se tratar de uma doença com graves manifestações bucais.
  
Texto enviado pelo Dr. Luis Gustavo Amaral Aragão, Especialista em Odontologia Hospitalar e Pacientes com Necessidades Especial das Clínicas da FMUSP 




quinta-feira, 5 de junho de 2014

HIGIENE BUCAL E GENGIVITE

A gengivite é um dos principais problemas de saúde bucal dos brasileiros, atingindo cerca de 80% da população adulta. Não é uma doença grave e é de fácil tratamento, porém, se não for tratada, pode levar a sérias complicações. Sua etiologia está relacionada à formação do biofilme dentário que, se não desorganizado em duas ou três semanas, pode causar a inflamação das gengivas.

       A melhor forma de prevenir a gengivite é por meio de uma higiene oral adequada. Essa prevenção tem início em casa, com hábitos saudáveis, através de uma escovação eficiente e adequada, higienização dos dentes, das gengivas, da língua e das bochechas. O uso do fio dental é muito importante para a limpeza de bactérias e restos alimentares entre os dentes, onde a escova não consegue alcançar.

      É importante lembrar que o uso de suplementos, como enxaguantes e bochechos, não substituem a escovação e o uso do fio dental, sem os quais as chances de desenvolver gengivite são maiores.

       Pode acontecer de o próprio ato de escovar os dentes machucar a gengiva, portanto o ideal é ter uma escova apropriada ao tamanho da sua arcada dentária. É recomendado o uso de uma escova de cabeça pequena, que tenha cerdas macias, arredondadas, com tufos concentrados e cabo que seja anatomicamente confortável. Uma escova com cerdas macias ou extramacias costuma durar no máximo 30 dias e após esse período é recomendado comprar uma nova escova.


         Outras formas de se prevenir a gengivite são: alimentar-se corretamente para garantir uma nutrição adequada, evitar cigarros e outras formas de tabaco e tomar cuidado com certos remédios que podem exacerbar a gengivite. além de cuidados locais, visitas regulares ao dentista auxiliam na prevenção da gengivite, pois são realizados exames preventivos e profilaxia profissional, essenciais para a prevenção da gengivite.

Texto escrito pelo Dr. Érico Sucupira, Mestrando em Clínica Odontológica - UFC