quarta-feira, 15 de outubro de 2014

INSTRUMENTAÇÃO SUBGENGIVAL EM PERIODONTIA – ALGUMAS RECOMENDAÇÕES

            A primeira recomendação para a instrumentação subgengival é a escolha do instrumental correto: qualidade do aço utilizado, leveza do cabo e tamanho da parte ativa são os principais aspectos. Uma cureta de qualidade deve manter a afiação por mais tempo; um cabo leve diminui o cansaço do operador; e as dimensões menores das pontas favorecem o uso em áreas mais profundas, diminuindo a necessidade de anestésicos locais e removendo melhor depósitos subgengivais de biofilme e cálculo nessas áreas. 
            A segunda recomendação está relacionada ao conhecimento sobre etiologia da periodontite, anatomia radicular e técnica de instrumentação. Conhecer a etiologia significa entender que a periodontite não está associada diretamente ao cálculo; os responsáveis pelo processo inflamatório são os microrganismos subgengivais, mas nem sempre há a mineralização do biofilme subgengival, portanto, deve-se realizar uma raspagem sempre que houver sinais clínicos de doença (sangramento à sondagem associada ao aumento da profundidade do sulco), para remover o biofilme e deixar a superfície radicular descontaminada e compatível com os tecidos periodontais adjacentes, assim, haverá ausência de sangramento e diminuição da profundidade de sondagem. Conhecer a anatomia radicular é entender que existem áreas de concavidades e convexidades nas raízes, além das regiões de bi ou trifurcações, que necessitam de uma atuação mais minuciosa na região, visto que os instrumentos convencionais nem sempre se adaptam bem a essas áreas. Quanto à técnica, existem vários aspectos a ser considerados: posição do paciente/operador, iluminação e visibilidade, preensão, apoio e ativação do instrumento.
            Existem manuais e referências teóricas que detalham mais essas questões, essenciais para uma instrumentação adequada e menor risco de lesões por esforço repetitivo no operador. Chamamos atenção, finalmente, para a necessidade de afiações constantes que restabelecem a capacidade do instrumento em remover os depósitos existentes.

Texto produzido pela Profa. Mônica Studart


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe-nos um comentário!