sexta-feira, 31 de outubro de 2014

TIPOS DE IMPLANTES


             

Anteriormente, os implantes apresentavam algumas especificações, como o formato cilíndrico, a conexão protética em forma de hexágono externo e a superfície lisa. Com a evolução dos estudos sobre biomecânica e resposta celular à superfície do titânio, a Implantodontia vem modificando o design dos implantes com o intuito de melhorar as características necessárias para a osseointegração ou para a distribuição de forças oclusais.
Quanto à forma, o estabelecimento de um formato cônico do implante faz com que a estabilidade primária seja mais frequentemente obtida, favorecendo a cicatrização óssea e permitindo a realização de cargas imediatas, nas quais a prótese provisória é instalada em poucos dias após a fase cirúrgica. Sobre as conexões protéticas, o desenvolvimento de mecanismos internos hexagonais, tricanais ou cônicos permite uma melhor distribuição de forças em áreas cervicais, diminuindo a reabsorção óssea crestal, favorecendo a estética devido à manutenção dos tecidos peri-implantares e contribuindo também para uma diminuição da ocorrência de afrouxamento de parafusos de fixação das próteses, principalmente em implantes unitários.
Mais interessante ainda são as mudanças dos implantes no que diz respeito aos aspectos superficiais. Várias técnicas são utilizadas para proporcionar rugosidade superficial, aumentando a estabilidade primária, a área de contato entre o osso e o implante e favorecendo a cicatrização óssea. Jateamentos, condicionamentos ácidos, oxidação anódica e incorporação de compostos em escala nanométrica na superfície do implante levam a uma diminuição do tempo necessário para a realização da prótese, diminuindo o tempo de espera do paciente de forma significativa e aumentando os índices de sucesso em regiões com estrutura óssea inadequada. Outra possibilidade de modificação dos implantes está relacionada ao uso de componentes protéticos de diâmetro menor que a plataforma do implante, procedimento que também contribui para a maior estabilidade óssea na região de crista.
Assim, na fase de planejamento cirúrgico, além da determinação do número de implantes e da sua distribuição, o Implantodontista deve selecionar o implante ideal para o tratamento protético que será realizado, levando em consideração o tipo de reabilitação a ser feita: se unitária ou múltipla; se haverá a instalação da prótese em técnica de carga imediata ou convencional; se há densidade óssea e altura óssea adequadas, se a região de reabilitação apresenta necessidades estéticas e se o paciente deseja receber a reabilitação definitiva em tempo menor que o convencional.

Texto escrito pela Profa. Maria Mônica Studart Mendes Moreira 

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