Diversas condições sistêmicas podem apresentar alterações periodontais significantes, porém, é digno de nota que o tratamento imunossupressor com ciclosporina, frequentemente utilizada em pacientes pós-transplante de órgãos sólidos a fim de evitar sua rejeição, promove relevante hiperplasia gengival. A ciclosporina aumenta a sensibilidade dos tecidos gengivais a estímulos inflamatórios, e fatores de risco mínimos, como leve acúmulo de placa, são capazes de estimular fibroblastos da papila interdental a se proliferarem como um mecanismo de defesa patologicamente exacerbado. A hiperplasia dificulta a higiene oral a qual potencializa a reação levando a aumento da hiperplasia, sendo necessária adequação rigorosa do meio oral e cirurgias corretivas. Além disso, esses imunossupressores aumentam o risco de infecção local, o que torna a doença periodontal um fator de risco à perda do transplante. A interrupção ou substituição do fármaco é, na maioria das vezes, impossível e, assim, faz-se indispensável um acompanhamento multidisciplinar do paciente. Aproveitando o momento, professor Diego Esses, como proceder na reabilitação por implantes em pacientes imunologicamente comprometidos?
Texto escrito pelo Dr. Paulo Goberlânio de Barros Silva, Mestre em Odontologia (Estomatologia) - UFC e Professor de Processos Patológicos Bucais - Faculdade Católica Rainha do Sertão
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